domingo, 4 de janeiro de 2009

Dossiê Crise econômica

No ano passado, o mundo deu de cara com a crise econômica. Ela foi a personagem principal de várias reportagens, mas poucos de nós entendemos o que significava. Mas realizei uma pesquisa para um trabalho e espero que entendam como eu entendi, afinal, o Brasil está sendo atingido desde agosto e este ano promete!

Entendendo a crise

Depois de dois anos, entre 2004 e 2006, quando a taxa de juros subiu de 1% para 5,35%, o mercado imobiliário americano começou a sofrer, com preços dos imóveis caindo e aumento da inadimplência de mutuários.
O mercado hipotecário subprime nos EUA foi o estopim da turbulência financeira global. Nele, clientes com histórico ruim de crédito conseguiram financiar imóveis residenciais, alguns optaram por refinanciar suas casas, pegando dinheiro na troca. O dinheiro era empregado no mercado de consumo, seja pagando dívidas já contraídas ou gastando mais no cartão de crédito.
O mercado imobiliário se retraiu. Com o dinheiro dos bancos secando, as empresas de hipoteca começaram a quebrar. Os bancos apertaram o crédito e a economia desacelerou.
A crise nos Estados Unidos afeta o risco dos países emergentes, como o Brasil. Isso porque a queda no preço dos imóveis leva a uma redução da riqueza dos consumidores americanos e menos dinheiro disponível para consumo. O resultado é um desempenho mais fraco da economia norte-americana e, por consequência, da economia de todos os países que exportam para os Estados Unidos.

Ações tomadas contra a crise

A crise financeira que começou no mercado imobiliário americano se espalhou pelo mundo. Para o ministro alemão das Finanças, ela só poderá ser reparada através da cooperação entre políticos e bancos. Mas a intervenção do Banco Central dos Estados Unidos (Federal Reserve) para controlar a crise no país provocou exatamente o contrário. Medidas como redução da taxa de desconto em empréstimos a bancos e a abertura de linhas de crédito especiais para financeiras foram tomadas pelos investidores e o resultado foi a venda de um grande volume de ações e a queda das cotações.
No dia 17 de setembro, com medo de uma grande queda nas bolsas, os bancos centrais do Japão e da Austrália injetaram recursos. O Banco do Japão injetou 400 bilhões de ienes no mercado interbancário de curto prazo depois que a taxa overnight subiu para 0,52% acima da taxa básica de 0,50% de autoridade monetária. A ação fez com que a taxa caísse para cerca de 0, 505%. O banco central da Austrália conseguiu conter os juros ao injetar líquidos A$ 383 milhões.
Os bancos centrais Europeu, dos Estados Unidos (Fed), da Inglaterra, Suécia, Suíça e Canadá anunciaram um corte emergencial das taxas de juros para tentar evitar um aprofundamento da crise financeira global.
O Fed cortou a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, que passa de 2% para 1,5%. O Banco Central Europeu reduziu os juros em 0,5 ponto percentual, de 4,25% para 3,75%. O Banco da Inglaterra baixou os juros de 5% para 4,5%.
Mesmo após o anúncio do corte de juros, as principais bolsas europeias ainda operavam em baixa.
A Câmara dos EUA aprovou um pacote de US$700 bilhões para ajudar empresas que estão passando dificuldades, o plano era para que os bancos vendessem suas ações baseadas em hipotecas em uma série de leilões.

Consequências

No começo do ano, a previsão era de que o Brasil—e parte do mundo—continuaria crescendo de maneira expressiva nos próximos anos. Agora essas previsões tem sido revistas para baixo, pois a crise já chegou a Manaus.
Depois de alguns anos de forte valorização, itens importantes da exportação brasileira vem sofrendo com a queda nos preços. Entre esses produtos destacam-se o minério de ferro, a soja, o açúcar e o café. Por conta da crise, o Brasil poderá perder até US$8,4 bilhões no superávit de sua balança comercial.
Praticamente todos os dias, 1.250 espanhóis perdem o emprego. Nos últimos dois meses, 80% do total de empregos criados em 2007 já foram eliminados.
As bolsas de todo o mundo tem resultados mistos ao longo do dia: algumas caem muito batendo recordes, outras se recuperam pouco e há aquelas que se recuperam, mas depois voltam a cair.
O diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, disse em Washington que o mundo esta entrando em uma “recessão global”.
Existe o risco de a crise financeira piorar a situação dos países mais pobres, com um impacto negativo que pode nunca mais ser superado. Estima-se que mais de 44 milhões de pessoas vão sofrer de desnutrição neste ano por conta da alta dos preços dos alimentos, para as crianças, isso significa um potencial perdido que nunca será recuperado.

Bibliografia

http://www.folha.uol.com.br/
http://www.estadao.com.br/
http://www.dw-world.de/
http://www.correiodacidadania.com.br/
http://www.bbcbrasil.com.br/
http://www.g1.globo.com/


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